sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Cotidiano sem graça.



Tenta amar, de novo. aquela amor, sem faltas, sem outros.
Com riscos. com risos. com suspiros sem dores.
Tenta, não tenta. senti. sem muitas palavras.
Então, vive-se. com repetições de sempre.
Marca um horário com a manicure, não vai, não pinta as unhas dos pés de vermelho.
Deixa os dias passarem, inertes. Com aquelas olheiras habituais de sonos mal dormidos.vive-se.
Não tem uma máquina de escrever, escreve .
demarca um papel com tinta vermelha. dizendo:
"A Tinta vermelha significa o meu sangue pulsante em linhas sinuosas desse caderno. 
E o erro de escrever com tinta vermelha representa meus erros abafados."
Procura por algo, não encontra. Tem raiva. Se contenta com o descontentamento.
Tem uma ideia, achar-se no perdidos e achados.
Não encontra. não se acha.
Então vive-se. vive e se?
Não.
Pega o controle muda de canal, xinga por só ter merda na televisão.
assisti 'o brilho eterno de uma mente sem lembranças' 48 vezes. chora, com joel e clem dizendo 'encontre-me em montauk'. 
Pensa.
Queria ir em montauk no inverno.
E não vai.
se afasta.
não acha vitrola, não acha o vinil do chico.
liga o abajur com luz, amarela.
ler.
" E nem um grito de café da manhã pra me animar."
Pergunta-se como será o grito do café do amanhã? sem beijos com gosto de café da manhã. sem gritos de café da manhã pra animar.
Então.
O sono bate.
diz boa noite para as paredes e para os gatos.
e desliga o abajur com luz.
desliga-se do seu abajur com luz.

Finne.

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