quinta-feira, 31 de março de 2011

Paixão, Palavra Feia Parte 1.

Um dia andando com um amigo em um final de tarde bonito e nublado ele me disse:
- Paixão é uma palavra feia.
Estou Apaixonado, soa tão ruim. Não acha?
Respondi:
- Também acho.

E é verdade que concordo com esse meu amigo até hoje. E isso que é uma coisa tão boba, se tornou a lembrança mais nítida a acompanhar todas as minhas (pseudos) paixões.
Paixão, uma palavra anti poética.
E todo esse pessimismo esconde uma verdadeira e insuportável densidade em uma só palavra.
Eu a mudaria para silêncio, ou melhor, dizendo contemplação do silêncio inquietante.
Mas, dessa vez ou mais uma vez a contemplação do silêncio inquietante será vivido em uma solidão a um.
Saio.
Bato a porta
Volto.
Achando que o silêncio inquietante deixou meu quarto.
E não, o silêncio inquietante está por toda parte do meu quarto isolado, nas minhas roupas bagunçadas, em todos os cômodos.
Atrapalha meus filmes russos, meu sono, ao ouvir aquele trecho de uma música “Duas pessoas em silêncio sempre dão um tanto que falar”.
Me junto ao silêncio inquietante para mais um dia de contemplação nessa solidão a um...



Ouvindo:  Não se vá - Thiago Pethit

domingo, 27 de março de 2011

Perda da qualidade


Nada mais importava. E, pensando bem, por que continuar? Uma vida quase vazia, monotonia... Pra quê amar e lutar por uma vida sem essência?
Se ao menos tivesse esperança, se estivesse “ligada num futuro blue”... mas nem isso ela tinha. Se ela sonhasse... mas suas noites eram simplesmente o escuro. Nada de fantasias, nada de desejos. Ela, apenas ela e os seus sentimentos, que a própria não sabia do que se tratava. Raiva, medo, angústia, ou paz, alegria, esperança, coragem? Uma fusão desses sentimentos que ninguém conseguia separar. Vivia com medo. Extremamente pessimista, a cada passo que dava, imaginava uma tragédia, uma desgraça. Não era ela merecedora de méritos. Ou era?
Seus olhos são lacrados, molhados de medo. Ela não podia ver nada. Lembrava ainda com nostalgia do passado; o que se lembra foi o que viveu. O presente não era nada além dela sentada numa cadeira desconfortável assistindo sua vida [chata e monótona] passar numa tela de cinema. Ela imaginava, uma hora ou outra, que aquela ali, na tela, era ela, protagonizando a sua vida; mas não, o seu lugar na sua própria vida era sentada na cadeira, assistindo tudo passar.
Sinos imaginários poderiam tocar, mas as pessoas especiais que conhecia só lhe davam dor de cabeça por estarem tão... tão... longe, perto? Que importa! Nada mais importava. Quando ela teria finalmente a sua “hora da estrela”?
*" Juro que este texto é feito sem palavras. É uma fotografia muda. Este texto é um silêncio. Este texto é uma pergunta”.
[modificação de uma frase de Clarice Lispector]
Obs:Comentários não foram excluídos, mas, sim, o texto anterior (semelhante a este), porque o título estava errado. Desculpem-me.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Florescendo.

Ela sentira uma leve alegria no peito de repente. E ela, que sempre pensou que isso que sentira sempre aparecesse como uma brisa, que toca o rosto, suave e agradável, mas que para depois de alguns segundos. Efêmero. Intenso por alguns instantes, porém prazeroso.
Ela é apenas a projeção de seus planos e ilusões. É duro ter de sonhar num mundo frio. É difícil lidar com os sentimentos, com o amor, lidar com algo que nunca parecera recíproco. É inacreditável. Ninguém gosta de se machucar, porque quanto mais se toca na ferida, mas ela sangra. Então, na maioria das vezes ela se fixava em outras coisas, outros objetivos, inerte, vazia... só para esquecer dos sonhos. Ela cantava uma canção de ninar para toda a eternidade. Esquecera-se de toda a beleza ao seu redor.
Mas és que de repente, o ímpeto de seu coração falou mais alto. E percebeu que as feridas já haviam cicatrizado de alguma forma. Acontece que a dor, te puxa, te laça, inebria-te , e faz-te escrava dela. Pode ser viciante Às vezes... mas depois de um tempo, ela se permitira sair desse lugar escuro e frio, e perceber que é belo e florido lá fora.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quase (in)constante

A mesma voz anunciando repetidas vezes que o dia não vale tanto a pena ser vivido. E eu nego, penso o contrário. Ir de encontro à certeza pode ser, muitas vezes, decepcionante. Acentua-se, com a perda de uma qualidade, a tristeza. Ela, que anda sempre tão vívida, tão forte, enquanto a alegria passa fome, pede esmola, espera migalhas.

-Um amor mal-feito pra mim, que sobreviva marfim, e uma rosa cheirando mal.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Máscara .

Nesta semana notei que sempre estive em um baile de carnaval fracassado.
Quando nota-se que a máscara está encrustada na pele e que dói ao tira-la.
Estamos em um baile de mascarados, meu bem.
E eu fui perceber  logo isso quando estava em uma conversa de meio de rua, com uma música ruim de axé tocando e todas aquelas pessoas suadas.
Nada poético, tudo vivenciado, ali.
Quem não entrar na roda, não sai.
É assim a brincadeira, quem não usa máscara não vive.
E você veio com aquele tapa na cara dizendo-me que é difícil dizer mas que também está nesse baile.
Voltei pra casa disposta a botar a máscara empoeirada na pratileira de livros.
E quando procurei, não estava,  não estava!
Cadê? 
Preciso ir sambar com todos os mascarados e sentir que assim como eles,  a sua face guarda esse segredo, tão gostoso de saber.
Procurei de trás da porta, debaixo do tapete, no guarda-roupa e nada nada nada.
De relance, olho para o espelho, vejo-me refletida e o que noto é que estou com ela sobre meu rosto. 
E tenho medo de tira-la.
Tenho medo de correr como uma criança medrosa a procura de um abraço apertado, mas, que só encontra o escuro e o vazio de um quarto bagunçado.
Eu não digo isso, pra ninguém, a máscara é silenciosa.
E quando percebe, já não se sabe mais viver sem ela.
Então, sento-me e abaixo a cabeça.
Quem não entrar no samba, não samba.
Quem não usa máscara, não vive.
Seremos dois máscarados .
Máscara viva.
Desse modo termino aqui, de um jeito torto sendo Pierrete neste baile de carnaval do qual não sei sambar.
Não tiramos que assim seja. Amém.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Lissie



Com influências do folk, rock e do country, Lissie, cantora e compositora, me encantou com sua voz e a simplicidade na música. Comecei a ouvir um EP, com apenas 4 músicas chamado 'Why you runnin' que me fez acreditar na música dessa guria. Logo mais saiu o album 'Catching a Tiger', com o single When I'm alone, uma música bem grudenta, mas legal. Logo depois 'In a Sleep' ,Cucko' e 'Everywhere I go' . Esse álbum é realmente um do melhores que já ouvi no ano de 2010. Lissie também interpretou artistas como Lady gaga (Bad Romance) e Metallica (Nothing Else matters).

Albuns:


Lissie já fez algumas parcerias, como com Morgan Page (DJ, de Los Angeles) no clipe The Longest Road.

Bem, espero que gostem da dica. =D