segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Desculpa por não conseguir escrever...

Nesses dias de (in)satisfação.
Procuro palavras das quais eu possa expressar.
Pego um papel em branco e olho.
Meu abajur ilumina a folha que encara meus olhos.
- Não sai, não sai.
Desculpa, mas dessa vez meu lápis ou minha caneta com tinta azul não ira demarca-la com palavras doces ou  tristes.
Meu pesadelo esses dias tem sido insistir em você, folha em branco.
Eu que sempre disse que só consigo escrever quando sinto dor.
Sendo que dessa vez, tudo dói.
As lágrimas que molham meu rosto dói, o peito dói, o silêncio que há dentro de mim nunca me fora tão devastador, dói. Tudo dói.
E o que era minha válvula de escape, hoje, é meu desespero.
Retorne aos seus dias, palavras minhas.
Retorne para que eu possa retornar ao fingimento de viver.

2 comentários:

  1. "Da minha caixa de papéis a serem reciclados, aqueles que não servem mais ou que foram rejeitadas pela impressora, vou tirando aquelas que ainda se prestam a serem arranhadas, a levarem pontadas a cada letra "i" e a cada ponto ou vírgula, a serem riscadas com força a cada erro ortográfico. Tudo isso só para ter o prazer de ter tatuada por sobre a tua face, só para ter o prazer de ser o primeiro a ficar sabendo das minhas ideias e de saber que é a única válvula de escape para esse bando de palavras, ideias e cismas."

    [...]

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