sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Hiroshima, Meu Amor.


Hiroshima, Hiroshima.
Antes de ter visto o filme, tinha uma visão complexa da agonizante Hiroshima.
Aquela cena habitual que estamos acostumados, com uma bomba explodindo, não só em uma cidade, mas sim, explodindo e queimando pessoas, deformando-as e formando uma tristeza.
Ou até mesmo aquela visão de Hiroshima escrita por Vinícius de Morais e cantada lindamente por Ney Matogrosso nos Secos e Molhados. Sabe? Aquela tão criada imagem de Hiroshima.
Pois, bem Alan Resnais  e Marguerite Duras acabam de mostrar-me uma outra visão de Hiroshima.
A Nova visão agora, é do agonizante amor vivido em Hiroshima.
Deixando um pouco de lado a minha sensação ao filme, direi um pouco da história.
‘Hiroshima, meu amor’ conta a história de uma diretora de cinema , francesa que está rodando um filme sobre ‘A Paz na Cidade Fênix’ (Assim denomino Hiroshima), onde ela se apaixona e acaba tendo um caso com um rapaz, só que a hora da partida vem à tona.
Cheio de diálogos fortes que te assustam ao um tapa no rosto, Hiroshima, Meu Amor, torna-se um monólogo pelas ruas japonesas com dois seres, que querem mais o esquecimento daquilo que foi vivido do que a lembrança da dor da partida de um amor.
O que me fez lembrar muito de Antes do Amanhecer e Antes do pôr-do-sol.
Contem nele uma poesia sutil, uma poesia em movimento, uma poesia até mesmo no silêncio à dois, em que só os olhos falam, lacrimejam.
As mãos que sentem os corpos são mostradas com uma beleza ao começo do filme, onde você se desmancha em contemplação.
Hiroshima não só demonstra o horror de uma guerra, daquela explosão que falei antes, de pessoas sendo deformadas, onde as lembranças foram incendiadas.
Não! Hiroshima torna-se muito mais poética que Paris, porém, nos mostra o horror das lembranças do esquecimento do qual nunca foi esquecido.
Isso é, Hiroshima, Meu Amor.
Talvez, seremos Hiroshima.
Talvez, seremos o esquecimento.

  • Uns dos diálogos dilacerantes:
“Eu encontro você.
Lembro-me de você.
Quem é você?
Você está me matando.
Você me faz bem.
Como eu poderia imaginar
que esta cidade...
foi feita para o amor?
Que você foi feito
na medida do meu corpo?
Eu gosto de você.
Que maravilha!
Eu gosto de você.
Que lentidão, tão repentina!
Que doçura!
Você não pode saber.
Você está me matando.
Você me faz bem.
Você está me matando.
Você me faz bem.
Eu tenho tempo.
Eu lhe peço, devore-me!
Deforme-me,
até me tornar feia.
Por que não você?
Por que não você,
nesta cidade, nesta noite...
parecidas com outras,
a ponto de se enganar?”

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tarefa difícil essa de ir embora.


Eu odeio o teu silêncio e odeio quando me deixar ir embora.
Eu sempre fico.
Não tenho mais coragem de descer as escadas.
Me dá um medo de você não ir atrás.
De me deixar. Ir embora.
Eu por muitas vezes abri essa porta, sai.
Não apareci por semanas, meses.
E eu já experimentei ficar sem você.
Ver os filmes do Kar-Wai não tem a mesma intensidade.
Ouvir Cat Power é mais dolorido.
Ler Uma Aprendizagem ou o Livros dos Prazeres.
E querer que tu leia.
Escrever. Nossa. Escrever.
Escrevi cartas, tantas nas madrugadas.
Pra ti, só.
Não enviei.
E voltei.
Bati na porta.
E te encontrei refeito.
Eu pisei em desamores.
Fui ao médico.
Ele disse que não tinha remédio pro que eu sentia.
Tentei te esquecer com ópio.
Desisti.
Pois, gritava teu nome nas ruas.
Enfim.
Fiz o diabo a quatro!
Mentira.
Você não está refeito.
Falta algo.
Eu sei.
Isso ta demarcado com partidas e vindas.
Eu sei desse olhar.
Eu conheço esse corpo.
Eu mato minha sede na tua saliva.
Esse amor todo, esse amor todo.
Não sei.
Não posso te responder de onde vem!
Só sei, que está aqui permanente.
E se eu te disser agora.
Sem Ar.
Gaguejando.
Que te amo.
E que eu quero que você não me deixe ir embora.
O que faria?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

Novo album do Within Temptation em breve!




Within Temptation, é uma banda holandesa de metal sinfônico, formada em 1996 pelo guitarrista Robert Westerholt e pela vocalista Sharon den Adel. A banda já tem 4 albuns de estúdio, sendo antecedidos por alguns EP's. O WT é uma das minhas bandas preferidas desde os 14 anos, as letras, o empenho, o estilo e os som deles sempre mexeram na minha cabeça. A voz doce de Sharon dá um toque feminino e angelical à banda.



Mas, dando foco para a notícia, o WT está trabalhando no novo álbum, que se chamará 'The Unforgiving' cujo lançamento previsto para março de 2011. O conceito do álbum é baseado na série em quadrinhos escrita por Steven O'Connell (BloodRayne, Dar
k 48) e trará personagens e cenários desenhados Romano Molenaar (Witchblade, Darkness, X-Men).

Comentário da banda: “Neste álbum, nós tomamos uma abordagem totalmente diferente. Cada can

ção no 'The Unforgiving' foi escrita ao longo da narrativa de Steven. Os personagens principais do quadrinho estão refletindo os personagens em nossas canções. O conceito nos empurrou e deu inspiração para vir pra cima com uma nova abordagem em nosso som. Isto resultou em nossas melhores canções escritas até agora."

Tracklist:

1. Why Not Me
2. Shot In The Dark
3. In The Middle Of The Night
4. Faster”
5. Fire And Ice
6. Iron
7. Where Is The Edge
8. Sinéad
9. Lost
10. Murder
11. A Demon’s Fate
12. Stairway To The Skies

E também uma curiosidade muito interessante. Os nomes das faixas do novo CD formam um frase, confira:


"Sinéad, why not murder
me faster in the middle of the night on the stairway to the skies with iron, fire and ice? Don’t get lost it’s your demon’s fate and you know where the edge is, so take that shot in the dark."

Traduzindo:

"Sinéad, porque não me matar mais rápido no meio da noite, na escadaria do
céu com fogo, ferro e gelo? Não se perca, é o destino de seu demônio e você sabe
onde o limite está, assim que tomar um tiro no escuro ".

A banda também informou que dia 31 de janeiro, um vídeo filme será lançado.
E no site Play.com encontramos a tracklist da versão especial com DVD.
DVD:

1 - "Faster" short film and music performance video
2 - "Sinéad" short film and music performance video
3 - "Shot In The Dark" short film and music performance video
4 - "Where Is The Edge" video
5 - "Utopia" (feat. Chris Jones) video
6 - "The Unforgiving" the making of the videos, parts 1, 2 and 3
7 - "The Unforgiving: The Prequel" comic photo gallery

Além da série em quadrinhos a inspiração do álbum contou também com a influência do metal, rock e até pop hit's do final dos anos 80 e início do anos 90. Essas influências tem sido pra mim bem claras, desde o úlimo álbum, o 'The heart of Everything', que já existiam algumas músicas com uma pegada 'pop' como 'What have you done'. Deixando o preconceito de lado, acho que as bandas estão ousando mais, para não cair na mesmice. É claro que o último álbum nunca vai se parecer com o 'Mother Earth' deles, que é um clássico, mas podemos escutar e aproveitar essa 'vibe' nova da banda, que é claro não perde sua essência principal.

O disco tem previsão de lançamento para março deste ano e será precedido por um single chamado 'Faster', que já está disponível.



Escute: Faster

Veja o trailer : The Unforgiving Trailer




Fonte: Site brasileiro do WT : Hand of Sorrow

Site oficial Within Temptation

Espero que gostem da postagem, e que para quem não escutou ainda a banda, fica aí a minha dica.
Beijo =*

sábado, 22 de janeiro de 2011

Apresentação



Olá! ;D

Meu nome é Mayara, tenho 19 anos, libriana, moro em Canindé- CE, faço faculdade de 'Gestão em Turismo' (por enquanto) e eu sou uma das colaboradoras deste blog. Sou dona do twitter fã do Lacuna Coil Brasil. Nas minhas postagens irei abordar temas como música, literatura, poesia, curiosidades... Na parte de música, vou postar links de albuns para download, com informações da banda e minha opinião sobre tal. Diferente da Raynnara e da Roberta, eu me voltar para coisas que gosto como o metal e suas variações, coisas obscuras darks, e vampirescas!


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Beijo galera! =*


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Black Swan.




O Filme Black Swan de Darren Aronofsky mostra-se espetacular do diretor que fez Requiem For Dream, O Lutador e PI.
Mas, sem deixar o tempero essencial, A DENSIDADE.  
Aronofsky vem para te dar a beleza cinematográfica.
Para assistir Black Swan tem que estar preparado pro que vem à tona ou seu psicológico, que assim seja.
Sem simplicidades, é aquele filme que depois que termina, você fica vendo o 'CAST' e perguntando-se...
É isso mesmo que eu vi?

O Filme conta a história de uma bailarina chamada Nina e com a interpretação PERFEITA de Natalie Portman, que nem Meryl Streep conseguiria atingir um grau máximo de perfeição. (Só pra você começar a sentir o drama da coisa.)
Nina esforçada no que faz, dedica assim sua vida para dança.
Sem limites físicos ou mentais o balé é tudo na sua vida.
Só que os conflitos começam aparecer quando o diretor  Thomas Leroy (Vincent Cassel) resolve escolher uma bailarina para fazer ‘O Lago dos Cisnes’.
E aí começa toda esquizofrenia do filme, Nina acha que Lily (Mila Kunis) quer roubar o papel do Cisne Branco e o Cisne Negro que tem que ser feito por apenas uma bailarina.
Nina foi feita pro Cisne Branco, enquanto, Lily é perfeita para o Cisne Negro.
E as preocupações e medos começam a surgir daí.

Black Swan é acompanhado de tensões, esquizofrenia, trilha-sonora clássica, atuações bem encaixadas nos seus contextos.


Repito o que eu disse quando eu vi:
Darren Aronofsky é cruel em sua totalidade.
Um filme como Black Swan fica intacto na mente de qualquer ser humano por dias, semanas, meses, talvez nunca saia da sua mente.
Quando você ver, está pensando em cada cena do filme em conversas com amigos, nas quais  deveria estar atenta na conversa. Mas, não, estou lá pensando em Portman tirando espinhos das costas, transformando-se em um cisne humano, Mila Kunis e Natalie Portman dançando ao som de The Chemical Brothers.
O ápice de Natalie Portman, que é camaleônica em suas atuações, e vem fazendo uma trajetória sem igual.
Nos mostra uma fragilidade. Em muitas partes do filme, tive medo dela se quebrar.
Vincent Cassel, bruto em suas variadas formas, nos salva com seu sorriso no final de um beijo.
Mila Kunis, abusando de sua beleza.
Winona Ryder com uma participação pequena consegue preencher um terço do filme.
Atores estuturados e bem posicionados.
O Filho da mãe do Aronofsky é genial, genial.
E de novo digo, que esse filme é a PERFEIÇÃO diante dos olhos humanos.
Quando acaba você tem vontade de ficar de pé e aplaudir de tanta felicidade.

PS¹:.Aguardo que seja um dos ganhadores do Oscar 2011.
Pois, O Globo de Ouro passou aqui pra decepcionar um pouco.

PS²:. Se tem bronquite asmática, esteja com um nebulizador do lado.




NOTA: 10

Desculpa por não conseguir escrever...

Nesses dias de (in)satisfação.
Procuro palavras das quais eu possa expressar.
Pego um papel em branco e olho.
Meu abajur ilumina a folha que encara meus olhos.
- Não sai, não sai.
Desculpa, mas dessa vez meu lápis ou minha caneta com tinta azul não ira demarca-la com palavras doces ou  tristes.
Meu pesadelo esses dias tem sido insistir em você, folha em branco.
Eu que sempre disse que só consigo escrever quando sinto dor.
Sendo que dessa vez, tudo dói.
As lágrimas que molham meu rosto dói, o peito dói, o silêncio que há dentro de mim nunca me fora tão devastador, dói. Tudo dói.
E o que era minha válvula de escape, hoje, é meu desespero.
Retorne aos seus dias, palavras minhas.
Retorne para que eu possa retornar ao fingimento de viver.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O Que Chico Buarque e o Marcelo Camelo tem em comum?

- AS MORENAS.




"Morena, dos olhos d'água,
Tira os seus olhos do mar.
Vem ver que a vida ainda vale, o sorriso que eu tenho pra lhe dar."


"É, morena, tá tudo bem. Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus. Pode rir agora, que o fio da maldade se enrola."

Quando a lua some e o sol não aparece.

Eu canto samba e amor sentada na praia escura, eu vejo extraterrestre e dou tchau pra eles, eu escrevo seu nome, faço a brincadeira das palavras.. Eu só não confesso essas coisas.

(Autismo)

Um escritor sem coragem.

 


Entrevistador: Mas se você tivesse 20 anos agora, Você faria a mesma coisa?
Jack Kerouac: Mas, eu já fiz isso! Estou cansado de você.
Entrevistador: O que acha de Jack Kerouac?
Jack Kerouac: O que isso significa?
Entrevistador: O que acha de si mesmo?
Jack Kerouac: Estou farto de mim mesmo.  
Bem, eu sei que sou um bom escritor.Um Grande Escritor. 
Eu não sou um homem de coragem, mas, uma coisa eu sei como fazer.
É escrever histórias, isso é tudo.










quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Thom, o bobão do amor.



OK. começando meu primeiro post no 'Naquelas ruas de Paris'.
Acho que o filme mais querido, assistido e comentado foi o indiezinho, (500) days of summer.
Este filme me deixa em cima do muro, não gosto e nem desgosto dele.
Com aquela pitada de pessimismo no amor, começo o blog apresentando o Tom.
Tom é aquele menininho que escuta The Smith tem um trabalho pra se sustentar, arquiteto mas trabalha fazendo cartões, aqueles bem clichê e brega com FELIZ NATAL, QUE O PAPAI NOEL TRAGA SEU PRESENTE ou FELIZ DIAS DOS NAMORADOS, I LOVE YOU  (até hoje pergunto-me se tem pessoas que ainda mandam esses cartões).
Eis que, aparece Summer.
Summer é aquela que como uma grande maioria, tem uma vida privada e realista.
E o Bobão, simplesmente se apaixona por ela. Aquela que não quer amar, só quer ter alguém que a conforte em algum momento de sua vida.
‘500 days of summer’ mostra os sentimentos confusos entre duas pessoas.
Aqueles relacionamentos que tanto vimos ou vivenciamos onde ou nos apaixonamos e tentamos arrumar um jeito meio sem jeito de dizer ‘Isso é um relacionamento sério?’ou ‘Eu não te amo, mas, você me conforta.’
E Tom é exatamente aquele que fica perguntando se deve ligar nesse momento, ou deixar daqui pra meia-hora, ou amanhã. É aquele que está sentido todas as inseguranças e as delicias da espera do amor. Mas, o feedback não é o mesmo.
E quando acontece o término de um relacionamento como esse é normal que você só queira dormir ou tomar copos de uísques, como Tom fez.
Vi que grande parte dos meninos que eu conheço se identificam com o Tom, por mais que pareçam durões, a máscara cai com – EU SOU UM TOM POR COMPLETO.
(500) days of summer é aquele filme que retrata que relacionamentos vai e vão.
Porém, deixam marcas.
E o filme tem uma fórmula pra agradar a todos, seja pela trilha-sonora, seja pela fotografia ou pela história normal em que nós andamos vivenciando.
Na vida, ou você é um  Tom ou uma Summer.
E aí, com qual você se identifica ?


Nota: 5,5